Trabalho a quatro mãos

and a big smile.

No Natal passado, eu e S. fizemos juntas alguns dos presentes que iriamos oferecer, já o fazíamos antes mas separadamente. Dessa vez, explorámos a ideia, partilhámos os tecidos e acessórios necessários e o resultado foi um grupo de pessoas (não comuns) muito felizes e satisfeitas com a lembrança.  Como a ideia foi bem recebida, este ano estamos a trabalhar para colocar o nosso trabalho a vender aqui.

Ela já me leva um bom avanço mas eu vou no bom caminho. :)

Para quem vai ao Pão por Deus amanhã,  fique a saber que fico aqui  a roer as unhas por não encher as sacas este ano. Para quem faz merendeiras e me conhece espero que tenham a gentileza de me guardar algumas :DD.

Mais do que tudo divirtam-se no feriado.

Sexta-feira :)

Desejo-vos um fim de semana feliz e muito inspirado. :)

Vejam isto.

Réplicas

Ainda sinto as réplicas da fúria de ontem ao final da tarde. E não se riam com o que vou contar ! Cenário: quarta -feira, tarde sem aulas para as minhas filhas, chuva, ambiente confortável para compensar umas largas horas de estudo, roupa quentinha, chá a fumegar,companhia de uma cadela linda, ou seja um ambiente perfeito para refazer um pão de ló que ando a tentar aperfeiçoar.
É um pão de ló simples mas que ando a tentar caprichar (como diria a Val) e ontem estava com disposição para isso. Acrescentei novos ingredientes, fi-lo em várias fases, fiz experiências com temperaturas, fiz uma nova calda , esperei que arrefecesse para o rechear e cobrir, ou seja, dei ao bolo toda a minha dedicação e tempo. Estava lindo e a massa fofa mas não seca (era esse o meu objectivo).
Quando o acabei mirei-o com orgulho e fui acabar trabalho que tinha para fazer (e muito). De vez em quando as miúdas perguntavam-me se já podiam ir lanchar e eu a "fazer render o peixe" e criar maior expectativa dizia: - Só mais um bocadinho. Até que, rainha do meu mundo, eu disse: Vamos lá então lanchar!! Vou fazendo mais chá.
Abro a porta da cozinha e vejo aquela cadela que até há uns minutos atrás era a cadela mais linda do mundo, a lamber os beiços e a abanar o rabo. Olho logo para o prato verde água e só vejo uns pequenos pingos de chocolate que tinham escorregado pelas laterais do bolo enquanto o cobria. Não havia mesmo nada de bolo, literalmente. Nem migalhas no chão, nada! O bolo era enorme, alto, todo coberto de chocolate. Fiquei de todas as cores, fiquei MESMO MUITO furiosa. Olhava para ela e parecia-me uma jibóia depois de comer um animal inteiro. Zanguei-me tanto, que ela ontem e hoje, até para dormir o faz com a bola preferida na boca com medo que eu lha tire.
Valha-nos as lambidelas que as três miúdas cá de casa (eu incluída) deram na taça antes de a lavar.
Alguém se está a rir?!

Tenho uma sugestão

para estes dias tão bons de Outono. Eu já estava com saudades e por isso vou -me desforrar a Outonar :)
A sugestão é para que liguem o forno e assem umas batatas doces. A casa fica mesmo com cheirinho à estação e eu fico com a memória cheia de boas recordações de infância. Quando vim para a Beira, percebi que não havia muito o hábito de assar a batata doce como sobremesa mas para mim essa era a única maneira de a comer. Sei que há outras formas de a cozinhar por isso estou aberta às vossas sugestões também. Desta vez reguei a polpa da batata com um bocadinho de xarope de ácer que  é uma descoberta recente. Aconselho para quem acha o mel muito intenso, este adoçante é bastante mais suave.
Penso que a forma de as cozinhar também depende do seu sabor, eu asso as que o meu pai me trás de Leiria porque são bastante docinhas por si mesmas. As que compro aqui não me sabem tão bem...:) e juro que não é má vontade!
Também não são a coisa mais linda para fotografar mas mesmo assim aqui vai:

FELIZ OUTONO!

Sobremesas boas

Este Verão que passou, e estamos já quase a esquecer, fiz um bolo de fruta que não posso deixar de partilhar. A receita foi tirada de um livro que me fez quebrar a promessa de que não me ia deixar mais tentar por fotografias e comprar livros de receitas para ver imagens, mesmo que fossem lindas de morrer.
Trouxe o livro para casa com aquela sensação que já todos devemos ter sentido depois de uma compra da qual não temos a certeza se se justificaria. Enfim, a verdade é que depois de fazer a primeira receita, esqueci logo tudo e hoje admiro o livro como um dos meus brinquedos preferidos.  Popina foi criada em 1999 por Isidora Popovic , com um subsídio que recebeu depois de se formar em Arte Contemporânea em Londres. Começou por vender  bolachas numa tenda no Mercado Londrino de Portobello e o sucesso motivou-a a desenvolver a ideia que hoje passa por confeccionar bolos,pastelaria e tartes orgânicas. :)
A primeira receita que fiz foi a tarte rústica de ameixa. Usei nectarinas e estava deliciosa, a massa de bolo era muito boa e estava aromatizada pelo suco da fruta.

Vou então partilhar a receita e espero que a Isidora não se zangue.

 Ingredientes:

90 g de açucar amarelo
1 ovo
40 ml de óleo vegetal
55 ml de leite gordo
140 g de farinha sem fermento
1 colher ( chá) de fermento
algumas gotas de essência de baunilha
6 ameixas grandes, sem caroço e partidas
2 colheres de doce de damasco para cobrir (opcional)

A forma a utilizar é de 20 cm, forrada com papel vegetal.
Pré-aquecer o forno a 180º.

Mãos à obra:
Bater na batedeira o açucar e o ovo, adicionar o óleo, o leite, a farinha, o fermento em pó e a baunilha e misturar novamente até os ingredientes ficarem bem incorporados. Transferir para a forma já preparada e espalhar uniformemente. Colocar as ameixas por cima com a parte cortada virada para cima.
Levar ao forno durante 30 minutos ou até que a tarte esteja dourada.
Sugestão da autora: a essência de baunilha pode ser substituída por canela em pó e as ameixas por uma maçã verde sem caroço e cortada às fatias.

A versão de tarte de maçã pode ser uma boa opção para esta altura do ano.



" A Popina é simplesmente imaginação, sazonalidade e simples amor por confeccionar grandes pratos. A minha inspiração nasce do respeito pela natureza e pela constante necessidade de criar, aprender e ser desafiado."
Isidora Popovic

Aaah! afinal não foi só a fotografia que me convenceu!

Tempo das abóboras

Ai, ai, ai ontem li um texto tão bonito de Raul Brandão no livro de língua portuguesa da minha filha mais velha, foi preciso mascá-lo durante algum tempo mas li-o no momento certo e chegou onde era preciso chegar.  Não o vou transcrever hoje para não vos parecer chata com estas coisas mais introspetivas, assim e para disfarçar vou antes dizer que já estou ansiosa para fazer doce de abóbora. Ainda está muito calor e por isso vou aguardar. Cada doce que faço é um desafio para conseguir o ponto certo, ainda nunca consegui que ficasse como eu gostava que ficasse. O próximo é que vai ser! Vou pôr-lhe casca de laranja, pau de canela e em alguns frascos tenho a intenção de pôr nozes. Hummmm... O vento já assobia nas janelas para eu ficar descansada que já está quase. Já provaram doce de cereja? Como eu enrugava a testa quando se falava desse doce, uma amiga ofereceu-me um frasco dele, feito por ela, imaginem que tirou os caroços um a um! e eu admito que fiquei rendida. Estou à espera de ir comprar um pão especial que cá tenho na ideia, para depois o fotografar e comer muuuuito. Tenham um resto de tarde feliz.

P.S. eu não me esqueci! quando passar um tempo transcrevo o tal texto. ;)

Pequena reflexão

Não há um único dia que passe que não pense em como seria possível vivermos num mundo melhor. Sonho acordada todos os dias, sonho muito. Tanto e com tanta intenção, que ás vezes parece que vivo em duas realidades em simultâneo. :) A ideia de viver um mundo melhor não me sai da cabeça. Quando digo mundo não me estou a referir a uma ideia abstrata e longínqua, refiro-me a algo muito concreto e o mais perto de nós possível.

Se nos pedissem  para desenhar o nosso sonho de "mundo melhor" teríamos, com toda a certeza, desenhos muito diferentes e eu acho isso muito giro!, quando sonho não são os pormenores que me prendem, é antes a ideia de comunidade, partilha, proximidade, respeito e Amor universal ou compaixão (conforme a interpretação).

Posso parecer um pouco hippie ou até, como já me chamou uma amiga, um pouco naif. Pode até  ser.  Neste sonho não entra a carência porque para mim o simples não é sinónimo de menos nem de carência. Não acredito que esta consiga fazer alguém feliz. Afastando todo o ruído que anda à volta da palavra sustentabilidade e chegando à essência da palavra seria, talvez, esse o resultado do meu sonho.

Levando a reflexão, depois, um pouco mais ao nível pessoal, descubro que de forma inconsciente foi este sonho que nos  impulsionou há alguns anos a recuperar a história deste lugar.

Hoje sei que não foi a intenção de fazer renascer um passado mas sim construir um novo presente.

E vocês também sonham?

Formigas

Estas até andam em cima dos bolos e não me incomodam nada. Tenham um bom dia e divirtam-se.

Mais um dia quente?

Delícias Turcas

Gostei muito do primeiro filme "Crónicas de Nárnia"e na altura fui vê-lo 3 vezes ao cinema. :) Depois só vi mais o segundo e percebi que chegava. O encanto estava no primeiro. Todo o ambiente e magia me deixavam numa outra dimensão. Lembro-me bem daquele momento em que o Edmund se deixou seduzir pelas Turkish Delight e eu pensei: como é que é possível?! Se bem que eu por um chocolate também sou capaz de ...vá lá...de algumas coisas bem tontas! Mas chocolate é chocolate, é universal. Agora, Delícias Turcas? ao ponto de vender a alma?
Passaram estes anos todos e tive recentemente o gosto de receber de uma amiga, que visitou a Turquia, uma caixa das Delícias Turcas . São então, uns pequenos cubos com uma textura semelhante ás gomas e podem ser de fruta ou ter frutos secos. Os meus têm pistacho.  São cobertos de açucar em pó.
Ainda bem que a pessoa que me deu este manjar turco é mesmo minha amiga e não me pediu nada de maquiavélico porque depois de as provar compreendi melhor a fraqueza do Edmund.
Se calhar, no fim de semana vou rever o filme...ahahaha
Tenham um BOM DIA!

Verão com nome de outuno

Por aqui o tempo continua  seco. As manhãs estão fresquinhas mas as tardes aquecem e trazem aquele silêncio e moleza quente típicos do Verão. Ainda tudo está vestido de verde por estes lados. Estas fotografias servem de complemento a estas e a estas para relembrar que vivemos num país bonito.

Dia de limpeza

Então ontem foi dia de limpeza de invasoras. O campo não é só colher, também tem destas coisas mais pesadas :).  Usar estas luvas amarelas pareceu tornar o trabalho mais simpático e foi uma tentativa de romancear uma tarefa que faz doer todos os músculos das pernas e costas. Consegui angariar parte da família, o que também foi bastante encorajador. No fim, agarrada ás costa e encostada ás paredes que encontrava, sorri satisfeita com o trabalho. Passei o resto do dia a perguntar, orgulhosa:
- Hoje foi um bom dia de trabalho, não foi?
E com isto ia-me esquecendo de dar os parabéns a uma pessoa especial e com relevo na minha vida. Ainda bem que o consegui fazer a tempo.

Dia surpreendente

  O que nos parecia ser apenas uma saída para fotografar o último par de meias que tricotei e passar uma parte do feriado na rua antes que comece o frio, acabou por nos levar a lugares que não contavamos. O que tornou tudo ainda mais entusiasmante.

  Mezio. Esta foi a nossa primeira paragem. Provámos o famoso arroz de salpicão (e que bom que era, mesmo para quem não ter o hábito de comer enchidos). Fomos recebidos, depois, com toda a disponibilidade  e guiados com simpatia pela Ervital onde nos mostraram a plantação de algumas espécies de chás (infusões), explicaram-nos como e quando é feita a colheita, a secagem e embalagem . Numa das fotografias em cima vê-se uma parte da plantação do chá de erva-príncipe que é feita numa estufa para proteger as folhas. Foi um momento muito bem passado.

  Ainda houve tempo para fotografar as ditas meias, para molhar os pés, apanhar sustos com as rãs saltitonas e recolher algumas rochas para a aula de geologia.

 

:)

Não é o figo que é gigante, as maçãs é que são minis.