04/11/11





Muito provavelmente, influenciada pelas muitas imagens e mensagens de que é possível criarmos uma pequena horta em nossas casas, acabei mesmo por experimentar. É uma mini-mini horta com tomates, espinafres e beterraba (que não aprecio mas fica bonita na terra). A produção é minúscula mas a satisfação é gigante no momento de comer um tomate acabado de apanhar. O tomate deixa de ser apenas um tomate e passa a ser alguma coisa preciosa que admirámos cada vez que regámos e continuamos a admirar enquanto o lavamos, cortamos e mastigamos. Passamos a ser apreciadores :).  É uma sensação muito boa.
Na edição da revista Visão desta semana o tema central é a agricultura, vista na perspectiva de possível forma de criar riqueza ao país e na de oportunidade de mudança de vida para as pessoas. Gostei de ler e apesar de adivinhar as grandes dificuldades que este tipo de vida implica, o coração palpita-me de excitação quando se fala em trabalhar a terra e colher o que ela nos dá. Uma visão muito romântica, possivelmente, porque depois haverá todo o resto. Mas numa coisa eu acredito que seria possível e bastante interessante: os produtores abrirem as suas portas ao público. Um pouco à imagem daqueles casas que têm no exterior uma placa que diz "vende-se mel", "vendem-se maçãs",...
A ideia seria a de escoar os produtos (que às vezes os produtores mais pequenos têm em excesso) por outro lado, as pessoas teriam oportunidade de levar para casa legumes e frutos ainda cheios de vida. Serviria, até, de programa familiar. As pessoas podiam ir mesmo à horta e ao pomar, colher o que desejassem. Se calhar isto já se faz, até noutros países, porque associo esta ideia a fotografias que vejo em alguns blogs americanos (e que muitas vezes não leio :( ) na altura das abóboras, ou dos frutos vermelhos em que se vê famílias inteiras a ir a quintas com cestos e no caso das abóboras, carrinhos de mão.

Este vídeo, em comum com esta conversa só tem o romantismo. Vejam porque vão gostar.
A música é linda chama-se "Postcards from Italy" e é da autoria dos Beirut.
BEIJOS GRANDES E DESEJOS DE UM FELIZ FIM DE SEMANA

3 comentários:

  1. Nem precisava de dizer nada... acho que dizes tudo: "O tomate deixa de ser apenas um tomate e passa a ser alguma coisa preciosa que admirámos cada vez que regámos e continuamos a admirar enquanto o lavamos, cortamos e mastigamos."

    É uma sensação que toda a gente devia conhecer. Acho que sou agricultora de coração, se há vocação que sinto, é essa. :)

    Sabes, na altura em que acabei o curso cheguei a ponderar (por alto) a hipótese de criar alguma coisa assim como referes, uma horta biológica com ponto de venda no local e aberto ao público. Mas teria de ser no Telheiro e, na altura, ainda tinha demasiada vontade de conhecer o resto do mundo. Há muitos terrenos por todo o Portugal. Quem sabe um dia?!

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  2. Quem sabe um dia?! Eu acho a ideia muito interessante, agora também reconheço que implica um estilo de vida bem diferente daquele a que estamos habituados. Vamos ver para onde caminhamos... porque me parece que vamos ter que ser bastante criativos e encontrar formas diferentes de viver bem.

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  3. É verdade. Acho que tens razão, as dificuldades só podem ser ultrapassadas se nos reinventarmos.

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